quarta-feira, 8 de julho de 2015

Sofrimentos imaginários


Quando somos crianças, a menor das coisas nos faz sofrer. Lembro o quanto eu sentia apenas de imaginar algo que pudesse acontecer. Chegando na adolescência o sofrimento continuou imaginário, mas não pela expectativa, e sim, por coisas ínfimas. É claro que o tempo passou e meu coração ficou calejado e quase nada mais valia o sofrimento. 

Nós nos fechamos para o mundo. Por isso que o sofrimento de quem é adulto vem de tão perto. Esses dias eu estava lendo o emocionante "Eu te darei o sol", da Jandy Nelson, que falava justamento disto. O livro conta história dos irmãos gêmeos Noah e Jude e sobre os fatos que romperam os laços entre essas duas almas que foram unidas ainda na barriga. O problema é que a gente não espera que a facada que fará nosso peito sangrar possa vir de quem está com você.

Eu fiquei pensando nas coisas que me fizeram sofrer nos últimos tempo, depois que entrei na minha oficial fase adulta. Às vezes é bom reencontrar velhos sentimentos pra gente perceber que está vivo. E me dei conta de que é mesmo sempre de perto que vem a o que nos acomete quando nos tornamos adultos. 

É mais difícil, mais complicado, mais dolorido.


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