quarta-feira, 29 de julho de 2015

O improvável


Eu estava incomodada há semanas, provavelmente meses. Não fazia ideia de qual era o nome do sentimento que me atrapalhava. Pra ser sincera, ainda não sei. Ou talvez eu saiba. Estava no Twitter quando me deparei com a seguinte frase: "como é difícil não gostar de alguém que a gente ama, né?".

Era isso. Talvez a palavra fosse decepção, poderia também ser tormenta. Mas era algo que agarrava meu coração e esmagava. Esmaga, não no passado. E eu ainda não sei qual é o nome da palavra que me aflige, mas eu já conheço o sentimento por certo tempo. Provavelmente, por tempo demais. 

Pode parecer incoerente, eu realmente não acreditaria nesta colocação, mas é possível não gostar de alguém que a gente ama. Porque amar implica em admiração, em achar incrível. Foi justamente a admiração que me deixou, deu lugar à desconfiança. E já teria sido muito se acontecesse apenas uma vez na vida.  

Nem tudo que nos faz mal podemos deixar pra trás. Não é toda caneta que pode riscar alguém pra gente, porque há laços que são tão profundos que não se pode saber a origem. Eu amo alguéns de que não gosto, de que deixei de gostar.

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