quinta-feira, 16 de julho de 2015

Insensível - Parte 2


Mais uma vez o meu dentista. Desta vez, ele havia me perguntado se eu me retraia muito em resolver os problemas e se superava as coisas rápido. Eu parei de remoer problemas, já faz um tempo. Quando escolhi que queria parar de imaginar como a vida acontecia e passei a querer vivenciar as minhas próprias linhas. E foi assim que comecei a atropelar meus sentimentos. 

Quando paro pra pensar no que se passa aqui dentro, até dói. Dói me encontrar pra observar tão de perto. Não sinto que vivo tudo o que sinto suficiente. E mais uma vez estou aqui me repetindo. Mas é tudo que tem se passado por dentro nestes tempos. Conviver com as pessoas me fez perceber que talvez eu não viva o que sinto apropriadamente. E neste caso, apropriadamente não quer dizer o que é comum para todos, mas como deveria ser sentido por mim. 

Não quero me encontrar daqui algum tempo e perceber em mim um trauma ou algo não resolvido. Quero viver agora, agora, agora. Sem perder tempo com aquilo que é ruim. Reflexos de alguém sofreu demais por pouco e quis sentir tudo o que havia pra sentir de uma só vez.  É mesmo melhor sentir dor, a não sentir nada.


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