sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Quatro anos depois


Neste momento eu deveria estar fazendo pesquisas e escrevendo o que um dia será meu Trabalho de Conclusão de Curso, mas uma pulga apareceu atrás da orelha pra me cutucar. A pulga era um texto, um desses mentais que sempre escrevo pra que eu me lembre de esquecer depois. Escrevo milhares de textos em minha mente todos os dias. Se os colocasse em prática teria milhares deles, mas resolvo passar a borracha antes de se concretizar. Daí eu resolvi que ele deveria existir, porque era o texto que iria resumir quatro anos. E estas coisas foram feitas para serem ditas.

Pois bem, foi esta mesma pulga que me incomodou hoje que fez com que eu criasse este blog quando estava com meus 17 anos. Quando eu não sabia muita coisa sobre ser eu e sobre quem eu queria ser. Alguém que sentia uma saudade imensa de coisas que nunca existiram. Foram as palavras que me mostraram o caminho. Escrever neste blog foi o que me fez perceber o quanto eu gostava de criar textos. Mas também me mostrou que eu não poderia criar histórias. O mundo sempre foi aquele que eu conhecia e que eu vivia. Depois eu decidi unir a vontade trabalhar escrevendo com a de contar histórias e acabei caindo no jornalismo. Foi rápido. Foi improvável. Foi ideal. 

O jornalismo é um profissão chata e que não é pra qualquer um. Quem diz que ninguém escolhe o jornalismo e que o jornalismo decide não está mentindo. É aquele hábito que você destesta mas não vive sem. É aquela coisa de não se imaginar fazendo outra coisa. É uma causa que você abraça com amor, mesmo sendo uma rosa espinhosa. É como receber a missão do herói: não há escolha. 

Quatro anos depois estou prestes a vencer mais degrau de uma vida de dedicação. E tudo isso começou a ser criado neste blog. Nas linhas deste meu caderno. E é daqui que vou levar uma única missão de vida: transformar vidas com informação.

Sandy Quintans