sábado, 31 de outubro de 2009

Love Letter.



Carta de Ludwig Van Beethoven á sua Amada.

"Bom dia, em 7 de julho [de 1812]

Embora ainda esteja na cama, os meus pensamentos vão até você, minha Amada Imortal, agora felizes, depois tristes, esperando para saber se o destino nos ouvirá ou não. Eu só posso viver completo contigo ou não viver. Sim, estou decidido a vaguear assim por muito tempo longe de você até que possa voar para os seus braços e dizer que estou em casa, e poder enviar a minha alma envolta em você ao reino dos espíritos. Sim, isto deve ser tão infeliz. Você será mais contida quando souber da minha fidelidade à você. Outra jamais poderá ter o meu coração, nunca, nunca, Oh, Deus! Por que um precisa estar separado do outro quando se ama? E, no entanto, a minha vida em Viena é agora uma vida miserável. O teu amor me faz ao mesmo tempo o mais feliz e infeliz dos homens. Na minha idade eu preciso de estabilidade, de uma vida tranqüila. Pode ser assim na nossa relação? Meu anjo, acabo de ser informado que o carteiro sai todos os dias. Por isso devo terminar logo para que você possa receber a carta logo. Fique tranqüila, somente através da consideração tranqüila de nossa existência podemos atingir o objetivo de vivermos juntos. Fique tranqüila, me ame, hoje, ontem, desejos sofridos por você, você, você, minha vida, meu tudo, adeus. Oh, continue a me amar, jamais duvide do coração fiel de seu amado.
Sempre teu
Sempre minha
Sempre nosso."


sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Reconstrução.


A vida não para só porque você precisa. O mundo não deixa de girar pra que você reconstrua seus pedaços caidos. Por mais que eu deseje e seja ambiciosa, ele continua. E é não por falta de desejo, queria congelar o tempo, ás vezes. Queria mesmo era voltar, não pra mudar, mas pra viver tudo outra vez. Nada me fez mais feliz. Nada.Quando a gente quer, conseguimos ser cruéis.
Quando eu acordar pela manhã, terei que dar bom dia, mesmo quando quiser me calar. Qual alguém sorrir pra mim, eu vou sorrir de volta. Quando eu alguém precisar, eu vou estar. Problemas todo mundo tem, o que nos torna diferentes, está na maneira em como se encara suas dores, suas batidas, seus tropeços.
Eu sou menina, nunca deixo de acreditar e de sonhar.Ás vezes me fingo sética pra não parecer patética, mas nem sempre consigo negar. É dificil quando só você passa a acreditar, é mais fácil dizer que não acredita.
Sei que bonito mesmo é brigar pelo que se acredita. Eu brigo, acreditem. Mas á minha maneira. Pra mim é estranho pensar tanto em si mesma.
Não se enganem, eu acredito e muito. Não é algo do qual eu possa escolher. Não é algo do qual eu possa desistir. Só posso reconstruir.

Sandy Quintans

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Á seu tempo.



Assim dizem os mais velhos "Tudo á seu tempo". Tempo é uma coisa de certa forma me assusta. Muitas coisas são construídas com o tempo,  maturidade, experiência, amor. Ás vezes tempo destrói, as vezes constrói. Com tempo a gente cresce, a gente esquece, a gente sonha. Muda tudo de lugar, muda o sentimento, as vontades, as necessidades.
E tempo passa. Mais importante de tudo, é que ele passa. E a maneira como se encara tempo, é o que faz toda diferença. Você pode aceitar que cada segundo é mais segundo de vida, ou pode acreditar que cada segundo é menos um.
Quanto mais se vive, mas rápido ele passa. É uma questão de relatividade, se comparar com tudo que se viveu, não é nada comparado com o que se está vivendo. Quando somos crianças tempo é algo que demora. Acho que é aí que se encontra a graça da juventude. As sensações, as emoções, cada segundo, tudo dura mais. E mais vontade teremos de que dure pra sempre. E é nesse mesmo tempo relativo que está a graça da maioridade. É saber do que se trata tudo isso que sentiu.
Pra mim tempo não é fácil, sou do aqui e do agora. Pouco penso em viver o amanhã, mas espero por ele. Mas nem sempre. Entendo que tempo é necessário, e cada coisa tem o seu tempo. Mas insisto em ter ansiedade de menina, aquela que fica pulando no peito e não vê a hora de saltar. É certo que o tempo de tudo está cada vez mais cedo, mas ainda há momento.
Desejo que todo tempo sempre passe pra melhor. Quero mesmo é viver com tempo de sobra.

Sandy Quintans

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Que vem e que vão.



Um dia eu descobri que as nuvens não são feitas de algodão, muito menos de algodão doce. Que os Girassóis morrem. E que as bolhas de sabão sempre, sempre vão estourar, elas nunca viajam. Eu teci meus contos inúmeras vezes, imaginei vários finais felizes. Sei que é cedo pra se desistir deles, pois eu sei que eles virão ao tempo certo.
Todos nós merecemos a felicidade, ninguém é tão ruim que não mereça ser feliz. Ninguém é tão bom que mereça a alegria plena. Somos iguais perante os erros e os acertos. Será que felicidade é algo dependa de mérito? Eu acho que não. Percebo que está valendo tudo pra ser feliz, e que não há a necessidade de fazer outras pessoas felizes. Talvez tenhamos chegado ao momento do cada um por si. Eu não quero isso.
Parece que adiquirimos a mania de tratar pessoas como coisas. Inventamos mil motivos desistir das pessoas, e muito pouco pra apoiar. Deixar de desistir não é mais nobre. Então aprendi que criar expectativas nos priva de se surpreender.E aprendi que as coisas só acontecem uma vez, apesar de histórias se repetirem. E aprendi também que quando algo morre é pra nascer algo melhor em seu lugar, pois quando um girrasol morre, nascerá um mais bonito no lugar. Por isso eu continuo, sempre acreditar.

Sandy Quintans

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Vida de blog.



Desde que surgiram as manias de blogs, eu quis fazer um. Achei legal a ideia de ter um espaço pra dizer que o que queria e o que sabia. Mas só depois de muito tempo foi que eu fiz o meu, que hoje já tem um ano.
Ainda é jovem, mas já disse muita coisa junto comigo, e hoje não é mais um blog, e sim um pedaço de mim.
Quando a gente começa um blog, quer escrever sobre tudo ao mesmo tempo, e tudo vira motivo pra um post. Que nem quando a gente começa a usar o Orkut, e vicia nas comunidades, e tudo é motivo pra virar comunidade.
Aqui eu dividi alegrias, dividi tristezas. Cantei, falei de amor, falei de saudade. E ainda há muito que falar, há muito que crescer. Há muitas flores pra plantar, há muito frutos pra colher.
E depois que se escreve tudo, a gente volta e lê as coisas guardadas no baú. Volta a viver tudo que viveu, á sentir tudo que sentiu. Ás vezes dá saudade e vontade de reviver o ontem. ás vezes dá vontade de viver o hoje.
Escrever faz parte de mim, mesmo que seja pra escrever sobre mim mesma. O que escrevo aqui é minha história, são meus momentos. São os meus desejos.

Sandy Quintans